Intuição do avaliador na determinação do valor das benfeitorias
Quando o avaliador não tem a opção de calcular o valor da construção de uma casa usada, ou qualquer benfeitoria, utilizando o Método Comparativo Direto de Dados de mercado, ele se vale da sua reedição. Situação em que ele empregará enorme grau de subjetivismo para chegar ao valor de mercado da construção.
Na reedição de uma construção, o avaliador é obrigado a arbitrar três considerações que podem modificar barbaramente o valor final.
Após obtido o valor da construção por metro quadrado, pela maneira prática do CUB, o avaliador é compelido a arbitrar três coeficientes ou fatores para chegar ao valor final do bem:
a) BDI = Coeficiente de Despesas Indiretas, que envolve custos não previstos no CUB, como: projeto, taxas e impostos, administração, lucro do empreendedor, corretagem e publicidade do empreendimento, etc
b) CD = Coeficiente Depreciação, pois o CUB considera a construção como nova, não prevendo a idade, estado de conservação e obsolescência da construção
c) FC = Fator Comercialização ou Vantagem da Coisa Feita, a qual prevê a valorização do investimento, não previsto no CUB.
Eis as três chances que o avaliador tem de afinar a avaliação do bem ao valor de mercado. A intuição do avaliador, construída em pesquisa ou na análise daquela já possuída, vai valer muito na arbitragem do BDI, Coeficiente Depreciação e Fator Comercialização.